sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A Modernização e a construção da invisibilidade feminina

        Perceber o processo de modernização implementado no Brasil nos séculos XIX e XX como mecanismo que conferiu invisibilidade a muitos atores/atrizes sociais é de fundamental importância. Fazer com que os indivíduos percebam, que o discurso proferido com o advento da modernidade excluía da vida social, muitos sujeitos sociais contribui para trazermos à tona novas perspectivas históricas, diferente daquelas abordadas pela maioria dos livros didáticos.
        Nessa perspectiva, é relevante perceber que os referenciais culturais das mulheres foram reduzidos, ao longo da história, na representação de que o feminino está ligado “naturalmente” às funções ligadas ao cuidado da casa, do marido, dos filhos. Dessa forma, ficou pré-estabelecido que às mulheres cabe apenas desempenhar funções que se enquadram nesse perfil, ou seja, em profissões tipicamente femininas. Tal imagem é ensinada e reforçada quando atribuímos ações e comportamentos típicos às meninas e aos meninos.
    Definem-se, nesse contexto, ações e discriminações relacionadas ao gênero, as quais foram construídas ao longo do processo histórico e reforçados com o discurso masculino dos intelectuais modernistas. Desse modo, são estabelecidos estereótipos que perpetuam ainda mais a exclusão de muitos atores e atrizes sociais tão importantes para a construção do Brasil.
        É preciso abordar tal realidade com o intuito de romper com preconceitos existentes em relação à figura feminina. O processo de modernização implementado no país por médicos, advogados, arquitetos, intensificou ainda mais para a invisibilidade feminina. Assim, relacionar o conceito de modernidade com o processo de exclusão feminina, fornecerá elementos capazes de olhar com nova roupagem os fatos históricos e os preconceitos existentes.

(Fabrício Sprícigo)

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