sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A educação ambiental na Contemporaneidade

    A palavra ambiental nos remete a idéia de tudo àquilo que envolve os seres e as coisas, tanto natural como antrópico, onde ocorrem as relações entre estes e o meio bio-físico-químico. Apesar de ser recordada constantemente como uma prioridade, necessidade social e constitucional, instrumental de conscientização e compreensão das atitudes individuais, à educação, sob o novo aspecto da educação ambiental, são atribuídas funções que muitas vezes escapam dos limites reais de suas possibilidades efetivas.
    A atual estrutura antropocêntrica gera nas pessoas o imediatismo, que leva os indivíduos a preocuparem-se apenas com o atendimento das necessidades presentes, ao consumo do belo, bonito, do descartável, levando-os após a satisfação dos desejos à preocupação única de afastar àquilo que lhes prejudica para longe de seus olhos.
    Para ZULAUF (1993), A Educação Ambiental que se debate não é apenas a forma, mas também o processo de administração e acompanhamento, reflexão e avaliação dos movimentos sociais que atuam no processo da vontade social, pois ela é precursora da vontade política, na determinação de instrumentos de meios de preservação do Meio Ambiente.
    A PCSC inclui a Educação Ambiental nos programas de ensino de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, não como uma disciplina específica, mas como conteúdos que perpassarão todas as disciplinas. A educação ambiental é apontada de forma interdisciplinar, de modo que cada disciplina do currículo tenha uma “contribuição a dar no processo de compreensão dos problemas ambientais, sob seus diferentes pontos de vista” (1998, p.54).
     A educação ambiental se coloca, então, como um caminho para a discussão e para a tematização dos valores que envolvem as relações do ser humano com a natureza e que precisam emergir como uma nova ordem mundial.
    GRÜN (1993), sugere que parte da tarefa da Educação Ambiental se destina a levantar novos valores ou a recuperar determinados valores sufocados pelo pensamento científico moderno. De qualquer forma, a construção de valores que respeitem a vida e de aproximação homem-natureza, ou uma ética biocêntrica (cf. Leis, 1996), não pode deixar de estar presente numa proposta de escola inclusiva e democrática sob pena de transgredir princípios já consensuais.


(Fabrício Sprícigo)

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