domingo, 11 de outubro de 2009

LSD E A ARTE PSICODÉLICA

Esta semana meu filho teve uma palestra na escola, sobre os males das drogas.

Desnecessário dizer a que a palestra falou de LSD, e que foi mencionada a canção Lucy in The Sky with Diamonds de John Lennon gravada pelos Beatles em 1967.
Na época foi amplamente divulgado que, pelas iniciais, a música era uma referencia ao LSD.
Lennon foi a público explicar que se inspirara em um desenho que seu filho Julian, então uma criança, fizera de uma coleguinha chamada Lucy.
Blah, blah, blah...

O LSD foi sintetizado em 1938 pelo cientista Albert Hofmann, depois foi introduzido como medicamento pelo laboratório Sandoz e usado em casos psiquiátricos durante a década de quarenta.
A substância tem uma enorme capacidade de alterar a mente e o sentido de percepção.
Seus efeitos alucinógenos provocam visões e imagens distorcidas em cores fulgurantes.
Os americanos pensaram em usar a droga como arma.
A intenção era jogar LSD nos reservatórios de água de cidades inimigas, deixando os adversários “mucho locos”.
Não dá para segurar a risada só de imaginar...

Em 1964, um professor em Harvard, Dr. Timothy Leary obteve permissão para dar LSD a 100 alunos – alguns dizem que foram 400 alunos...
Mais de 80% manifestaram desejo de repetir a “experiência científica”, e Dr. Leary, um sujeito dadivoso, saiu distribuindo LSD a todos e acabou expulso.
Leary foi preso, escreveu livros sobre suas experiências, e de forma equivocada, se tornou um “guru” do movimento que foi chamado de psicodelismo.
Timothy Leary cunhou a expressão que virou frase de ordem entre seus adeptos:

“Tune in, tune out, drop in, drop out”.

Traduzindo de forma coloquial, pois a frase original é rica em ambigüidade:

“Se liga, se desliga, entra nessa, saia dessa”.

Como o LSD não era proibido, muito artistas fizeram uso do alucinógeno em novas expressões de arte, tanto gráfica, como literatura e música.
Isto aconteceu principalmente nas comunidades hippies baseadas no distrito de Haight-Ashbury em San Francisco.
Haight-Ashbury tornou-se Meca para os ideais hippies e rapidamente foi invadida por jovens de todas as partes dos Estados Unidos em busca do “amor livre” e da vida comunitária.
Pintores, escritores, músicos, dividiam o teto, a comida, o sexo e muito LSD.
O ápice se deu em 1967, no chamado “Summer of Love”.

Bandas se reuniram em San Francisco criando o que viria a ser chamado de o som da Costa Oeste.
Grateful Dead, Jefferson Airplane, e vinda do Texas, o Big Brother & the Holding Company com Janis Joplin nos vocais.
Os empresários Chet Helms e Bill Graham começaram a produzir shows de rock, palestras, leituras de livros e poesia.
Para promover os shows, Bill Graham e Chet Helms pagaram (muito mal) jovens artistas gráficos que criavam posters, cartões postais e filipetas anunciando os eventos.

Nascia a arte gráfica psicodélica.
Logo o estilo ultrapassou as fronteiras da Califórnia, se espalhou pelos Estados Unidos e chegou a outros países.

E o LSD?
Bem... A substância foi proibida nos Estados Unidos em 1967.

O mal do LSD?
A droga não cria dependência, porém o LSD pode disparar surtos psicóticos em indivíduos neurologicamente pré-dispostos, levando a depressões e suicídios.
A droga causa “flashbacks”, isto é, mesmo depois do efeito ter passado, novas sensações podem ocorrer aleatoriamente.

Haight-Ashbury entrou em total decadência, tornando-se um antro de traficantes, viciados e sem-tetos.
Hoje vive de turismo e saudosismo daquele período de loucura e ilusão.

Eu montei e acabei de postar um álbum só de posters psicodélicos, chamado “A Arte Psicodélica e o Rock”.
Espero que vocês gostem...

E estou ouvindo Pink Floyd...
Estou ouvindo mesmo?
Ou seria um “flashback”?
Oops...

Louvado Seja Deus...
Ih... Olha as iniciais aí outra vez...

Miguel Aranega (Mick Wilbury)

Um comentário:

BEM-VINDOS!


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