sábado, 10 de outubro de 2009

O Leviatã (Hobbes, Thomas)

Os primeiros capítulos expõem uma teoria do conhecimento fazendo uma abordagem analítica do desenvolvimento da consciência desde as primeiras sensações até a formulação do conhecimento (ciências), passando pela definição de signo e linguagem. Ao mesmo tempo, a primeira parte versa tanto da virtude e da moral quanto das leis naturais.  O final da primeira parte versa também sobre a "teoria da vontade", com o estudo dos interesses (paixões) úteis ou não ao homem em sua vida. Hobbes, nessa parte, vê a filosofia do ponto de vista da eficiência, ligada a sua utilidade pragmática.

A segunda parte é uma defesa da oposição às paixões humanas. Elas, as paixões humanas, não estão dispostas a obedecer as leis morais (eqüidade, justiça, gratidão, e conexões). Para tanto, Hobbes defende que por isso as convenções são necessárias para a convivência da humanidade e sua sobrevivência. Por ser a República a reguladora das convenções, e também co-criadora, é ela fiadora da segurança humana. Uma vez freado o desejo de poder nos corações dos homens por intermédio das convenções, o ato político e jurídico, cria-se um pacto social cuja a humanidade irá obedecer por conter nele parte do interesse coletivo. A escolha de um soberano para a república é manifestação desse pacto, pois ele será o responsável por manter os diversos pactos em detrimento ao interesse coletivo ou a vontade geral.

A Terceira parte versa sobre a noção de República Cristã, contrapondo a realeza natural de Deus com o poder do soberano emanado e dependente dos pactos sociais. Depois de extrair a "natureza do homem" na primeira parte, definindo suas essencialidades; Hobbes prossegue seu discurso apoiando-se na "palavra natural de Deus". Para isso, analisa expressões como "vida eterna", "inferno", "salvação", "mundo futuro", "redenção"; e assim, busca provar argumentativamente a existência de uma República que extrapola a "sociedade civil". Ao mesmo tempo, busca delimitar o poder eclesiástico, os representantes da palavra de Deus, enunciando os "Direitos do reino de Deus".

O reino das trevas é uma crítica a interpretação usual das Sagradas escrituras, onde denuncia uma "vã filosofia" e "tradições fabulosas. Essa crítica é a quarta parte que encerra a obra.

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