segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Novos caminhos para Orientação Educacional



A existência/permanência do orientador educacional é, constantemente, objeto de questionamento  no contexto escolar. Balestro (2005) registra que "os orientadores educacionais deixaram a banda passar sem dar a sua contribuição, isto é, sem fazer parte dela. Eles ficaram em cima do muro e calados. Perderam um espaço para demarcar o seu território na educação e a sua função social”.
Não há dúvida de que a orientação educacional seja necessária ao processo educacional. Existe uma ligação entre tal prática e a própria educação, visto que na raiz da palavra educação encontra-se "orientar, guiar, conduzir o aluno". Em outras palavras, o papel do orientador educacional deve ser o de mediador entre o aluno, as situações de caráter pedagógico e as situações socioculturais que permeiam a educação.
Indisciplina, agressividade, desinteresse, dificuldades de aprendizagem  - queixas comuns de educadores -  não devem ser tratadas isoladamente e, sim, a partir de um estudo das relações "professor-aluno, aluno-conteúdo, aluno-aluno,, aluno-comunidade, professor-comunidade".
A orientação, hoje,  deve estar mobilizada com outros fatores que não  somente cuidar e ajudar os 'alunos com problemas'. Há, portanto, necessidade de  inserir-se em uma nova abordagem de Orientação, voltada para a 'construção' de um cidadão que esteja mais comprometido com seu tempo e sua gente. Pretende-se trabalhar com o aluno no desenvolvimento do seu processo de cidadania, trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtido através do diálogo nas relações estabelecidas. (GRINSPUN, 1994)
Nesse processo de transformação, o papel da Orientação Educacional passa a ter como ação fundamental, a leitura crítica permanente do desenvolvimento do aluno e sua interação como força de interação social por meio da colaboração mútua e do exercício de construção coletiva como possibilidade de desencadear experiências inovadoras.
Assim, atualmente, é preciso conceber a Orientação Educacional com atribuições eminentemente pedagógico-sociais e não, tão somente, psicológicas. É necessário ir além de uma visão fragmentada e assumir o compromisso de que todo educador é, por essência, um orientador na educação, no ensino, e participante ativo na (re) elaboração, execução e avaliação do projeto ensino-aprendizagem da instituição educativa.

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