terça-feira, 24 de agosto de 2010

De olho nas consequências da modernidade!

| Fabrício Sprícigo | Pedagogo e Analista Técnico em Gestão Educacional

Atualmente, vive-se um período crucial e de intensas transformações. O modelo social vigente está em via de esgotamento, originando, desse modo, choques de toda ordem na estrutura conhecida. E isso já aconteceu no passado. Na transição das sociedades agrárias (baseada na proximidade de contatos e na terra) para as vivências capitalistas modernas (modo iniciado com o desenvolvimento industrial), o mundo presenciou mudanças significativas que até hoje refletem no “tecido” social.
O momento presente é vislumbrado, a despeito de alguns visionários, como sendo o tempo das consequências da modernidade, contrariando o ideário Pós-modernista frenético em teorizações pouco prováveis. O que se percebe, hoje, é o encurtamento das distâncias e a falsa crença do “ganho” de tempo.
Se na Idade Média, por exemplo, era preciso dias, meses ou até anos para o ser humano estar presente fisicamente nos lugares em que, porventura, tivesse interesse em conhecer, nas sociedades modernas o que se vê é o estreitamento Tempo-Espaço, iniciado com o desenvolvimento dos meios de transportes (ferroviário, aéreo, aquático) e firmado com os meios de comunicação, principalmente, a internet e a TV.
Com efeito, criam-se necessidades que até bem pouco “tempo” não se faziam necessárias e, os viventes de plantão, encurralam-se nesse labirinto condicionado. É evidente que avanços importantes existem na Modernidade, mas de modo geral, inutilidades são endeusadas, provocando a massificação e o consumo não sustentado.
Como consequência, colhem-se os resultados produzidos por uma modernidade desenfreada, permeada por muitos erros e alguns acertos. Reiterando, estamos em via de “esgotamento”. Assim, ações impensadas, em outrora, combinadas ao desenvolvimento tecnológico induzem, não a uma pós-modernidade desenhada pela ficção científica, mas a uma (re) descoberta de antigos padrões, condutas e conhecimentos usados pela humanidade em épocas passadas. É o que chamo de retorno às origens, às formas sustentadas de sobrevivência.

BEM-VINDOS!


VIDA E SAÚDE

Seguidores