sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Repensando o currículo nas instituições educativas

Ata de Reunião da Comissão de Acompanhamento do Concurso Públic

Um dos grandes entraves presentes nas discussões sobre Currículo, principalmente entre professores, é que muitos consideram que este é um assunto meramente administrativo, portanto, compete à administração e, quando muito, à supervisão encaminhar tal trabalho. Mas pensar assim compromete sobremaneira o avanço das discussões e por conseguinte do conhecimento sobre as reais implicações que transitam em torno do currículo, gerando a compreensão equivocada de que currículo significa grade curricular.
Pensar os percursos da educação implica, necessariamente, considerar as trajetórias do currículo. Para entender melhor esses caminhos foram criadas as Teorias do Currículo. As primeiras a surgirem foram as Teorias Tradicionais, que tiveram sua origem na década de 1920 nos EUA, tendo em Bobbit e depois em Tyler seus principais representantes. Ambos empreenderam ao currículo um caráter meramente técnico e inteiramente voltado para a organização. A divisão tradicional das atividades educativas nas formas de currículo, ensino, instrução e avaliação é decorrente dessas teorias. O enfoque central das Teorias Tradicionais era o “como fazer o currículo”.
Já as Teorias Críticas emergem na década de 1960 num período tumultuado e repleto de acontecimentos marcantes que influíram diretamente no currículo. Esse conjunto de teorias busca compreender “o que o currículo faz”. E nessa busca aparecem diversos movimentos de grande importância. Alguns com teorizações mais gerais, outros com pressupostos mais específicos da educação e do currículo. Nesse contexto, o “Currículo Oculto” merece destaque devido a sua importância, especialmente no início de formação das Teorias Críticas. Ele diz respeito à distribuição implícita de normas, valores e tendências que se consolidam na vida dos alunos devido às rotinas institucionais das escolas feita dia após dia, durante anos. Nas teorias críticas não se negam as relações de poder, mas tais relações ocorrem de maneira centralizada. Essas teorias desconfiam, questionam e defendem a transformação radical.
As Teorias Pós-críticas do currículo surgem, também, na década de 1960, mas sua visibilidade no país é recente. Elas apontam para o momento no qual nos encontramos. Destacam os novos traçados que perpassam a cultura, a identidade e o poder (descentralizado). Essas teorias questionam “o currículo para quem”. A noção de construção social perpassa os Estudos Culturais das Teorias Pós-críticas.
O que separa as terias tradicionais das teorias críticas e pós-críticas é a questão do poder. As teorias tradicionais mostram-se neutras e desinteressadas. Em contrapartida, as teorias críticas e pós-críticas argumentam que nenhuma teoria é neutra ou desinteressada; ela está mesmo é implicada em relações de poder.
Dessa maneira, o processo ensino-aprendizagem passa a ser ancorado na realidade sócio-cultural dos educandos, para que ocorra uma aprendizagem verdadeiramente significativa, em oposição à aprendizagem mecânica e efêmera.
No que diz respeito aos Componentes Curriculares (O que... Quando... e Como ensinar e avaliar), é necessário que conheçamos primeiramente um pouco de suas estruturas conceituais para daí então estabelecer um diálogo com a prática pedagógica levada a termo neste trabalho. O que ensinar ou a concretização das intenções educativas pressupõe a realização de seleções e como elas serão concretizadas no cotidiano pedagógico. Daí decorre a necessidade de uma formulação adequada, ancorada na realidade, para orientar a ação docente. Uma vez selecionadas as intenções educacionais e definida a forma para encaminhar as ações pedagógicas é necessário organizá-las e seqüenciá-las em um tempo o mais adequado possível para que sejam atingidas. Ao mesmo tempo, é preciso prever uma avaliação que possibilite averiguar se a ação pedagógica é condizente com as intenções desejadas.
O grande nó ou encruzilhada que encontramos nos currículos é passar das intenções educativas à concretização dos objetivos educacionais, tendo uma prática pedagógica suficientemente eficaz para guiar de maneira coerente e adequada, as intenções educativas. Portanto, para organizar as intenções educacionais tendo como base “quando ensinar” é fundamental que a escola reformule seu tempo, o que implica diretamente a reformulação do tempo no currículo. É preciso prever tempo para pensar individual e coletivamente sobre o tempo escolar em seus múltiplos aspectos, entre eles o tempo do conhecimento dos (as) alunos (as), como também o tempo para o professor, de modo que possibilite organizar clara e coerentemente as intenções educacionais.
A maneira como se ensina pode fazer toda a diferença na concretização das intenções educativas. Não resta dúvida de que esta é uma questão emblemática dentro do currículo e que se reflete na escola como um todo. Percebo na escola onde trabalho que há alguns os professores que se angustiam diante da questão “como fazer” que pressupõe o uso de metodologias. Operacionalizar o “como ensinar” na perspectiva de saber ensinar, requer um trabalho que envolve preparação, responsabilidade, seriedade e compromisso. “É algo que se define pelo engajamento do educador com a causa democrática e se expressa pelo seu desejo de instrumentalizar política e tecnicamente o seu aluno, ajudando-o a construir-se como sujeito social” (MOYSÉS, 2001:14).
Com relação ao componente avaliação, o mesmo pode ser considerado como uma possibilidade de mobilidade social. Avaliar, assim, é uma atividade intrínseca e indissociável a qualquer tipo de ação que vise a provocar mudanças. Cabe, a nós professores, debruçar e dirigir um olhar reflexivo sobre a avaliação e sobre seu significado enquanto atividade humana intencional. O trabalho com a avaliação em aula não é isolado ao passo que está ligado diretamente a uma intenção/objetivo que perpassa o projeto político-pedagógico, aos objetivos de ensino e da aprendizagem e a perspectiva de formação de sujeitos com potencial para problematizar o real, vivê-lo e (re) criá-lo.
Assim, o que devemos avaliar? Tudo o que acontece no contexto pedagógico, inclusive o trabalho do professor. E quando avaliar? Em todos os momentos, pois a avaliação deve ser permanente e processual. E como avaliar? Não há receitas prontas, mas é preciso comprometimento e a revisão de posturas para um (re) direcionamento da prática.
Como vemos, após esclarecermos algumas proposições conceituais acerca dos componentes curriculares, far-se-á, agora, o intercruzamento desses conceitos com a prática pedagógica da instituição na qual atuo. É possível perceber na escola em questão que a organização dos componentes curriculares vem sendo mais debatida. Parece que nos encontramos visivelmente em um tempo de mudanças.
Não ao acaso, nos deparamos com novas referências a orientar o pensamento dos educadores, bem como suas posturas e práticas. Vários professores da escola levada a termo procuram mobilizar ações e planejar sua prática educativa com vistas a passar das intenções educativas e concretizá-las. E pelo visto estão conseguindo. Isso pode ser visto no estudo recente divulgado pelo MEC, o qual coloca Santa Catarina como o estado com os melhores índices educacionais no Ensino Médio e entre os primeiros no Ensino Fundamental.
É claro que muito ainda precisa ser feito, mas vemos experimentos inovadores surgindo à nossa frente que estão dando certo. Como nos diria Rubem Alves “Que pipoquem experimentos”. Tal realidade tem feito muitos professores deixarem a zona de acomodação e se lançarem na pesquisa em busca de novas possibilidades para o processo ensino-aprendizagem, provocando a reorganização dos diferentes saberes e fazeres pedagógicas que envolvem o ato educacional. As constantes avaliações, inclusive as impostas recentemente pelo ministro da educação (com cobrança de resultados), visa a um acompanhamento mais sistemático do vem sendo feito pela educação no país.
Vale dizer que entre os principais desafios e perspectivas no campo do currículo hoje, encontra-se a necessidade de repensar a escola e o seu sentido, assim como o professor e a sua prática pedagógica. Superar modelos arcaicos, transpondo obstáculos como a falta de participação, de consideração para com a cultura do coletivo escolar faz parte do conjunto de desafios a serem enfrentados. Entender o currículo como proposta feita de percursos que se entrecruzam é tarefa para todos e para bastante tempo. Mas a medida desse tempo também pode ser determinada pelas nossas iniciativas.
(Fabrício Sprícigo)



A educação ambiental na Contemporaneidade

    A palavra ambiental nos remete a idéia de tudo àquilo que envolve os seres e as coisas, tanto natural como antrópico, onde ocorrem as relações entre estes e o meio bio-físico-químico. Apesar de ser recordada constantemente como uma prioridade, necessidade social e constitucional, instrumental de conscientização e compreensão das atitudes individuais, à educação, sob o novo aspecto da educação ambiental, são atribuídas funções que muitas vezes escapam dos limites reais de suas possibilidades efetivas.
    A atual estrutura antropocêntrica gera nas pessoas o imediatismo, que leva os indivíduos a preocuparem-se apenas com o atendimento das necessidades presentes, ao consumo do belo, bonito, do descartável, levando-os após a satisfação dos desejos à preocupação única de afastar àquilo que lhes prejudica para longe de seus olhos.
    Para ZULAUF (1993), A Educação Ambiental que se debate não é apenas a forma, mas também o processo de administração e acompanhamento, reflexão e avaliação dos movimentos sociais que atuam no processo da vontade social, pois ela é precursora da vontade política, na determinação de instrumentos de meios de preservação do Meio Ambiente.
    A PCSC inclui a Educação Ambiental nos programas de ensino de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, não como uma disciplina específica, mas como conteúdos que perpassarão todas as disciplinas. A educação ambiental é apontada de forma interdisciplinar, de modo que cada disciplina do currículo tenha uma “contribuição a dar no processo de compreensão dos problemas ambientais, sob seus diferentes pontos de vista” (1998, p.54).
     A educação ambiental se coloca, então, como um caminho para a discussão e para a tematização dos valores que envolvem as relações do ser humano com a natureza e que precisam emergir como uma nova ordem mundial.
    GRÜN (1993), sugere que parte da tarefa da Educação Ambiental se destina a levantar novos valores ou a recuperar determinados valores sufocados pelo pensamento científico moderno. De qualquer forma, a construção de valores que respeitem a vida e de aproximação homem-natureza, ou uma ética biocêntrica (cf. Leis, 1996), não pode deixar de estar presente numa proposta de escola inclusiva e democrática sob pena de transgredir princípios já consensuais.


(Fabrício Sprícigo)

História de vida: uma construção feita por escolhas.

História de vida - uma construção feita por escolhas

    
    Ao longo da vida, passamos por uma série de eventos que caracterizam e configuram a nossa existência. Por estar ciente desse processo, em suas dimensões histórica, psicológica, social e cultural remeto-me a alguns momentos significativos ao longo de minha trajetória de vida que ficaram registrados até hoje em minhas memórias (lembranças). É importante dizer que não acredito em lembranças puras, visto que o passado é relido de acordo com as experiências vividas no momento presente.
     Após a conclusão do Ensino médio, interessei-me em investigar a condição humana na Modernidade. Constatei, com a leitura de bons livros  que, entender como se processa, no aparelho psíquico, os pensamentos e as emoções desencadeadas por eles, é fator importantíssimo para o desenvolvimento humano, visto que somos indivíduos, com histórias de vida específicas e com visões de mundo diferenciadas, decorrente da construção social dos pensamentos, fundamentando personalidades únicas. 
    Muitas são as pessoas que passam pela nossa vida e que, depois de alguns anos, vamos perdendo o contato. Os motivos podem ser variados: mudança de bairro, cidade, Estado, anseios diferentes, entre outros. São pessoas que cruzam nossa história e em algum momento deixam de fazer parte do cotidiano, mas ficarão para sempre guardadas em um cantinho especial de nossas lembranças. São pessoas, que vêm e vão, em todos os momentos. Com as mudanças inevitáveis da vida, temos a oportunidade de conhecer outras pessoas, cultivar novas amizades e trilhar por outros caminhos.
    Acredito que a vida é feita de escolhas. Na medida do possível somos autores e co-responsáveis por boa parte de nossas vivências. Nesta perspectiva, o caminho trilhado por nós, no ciclo de nossa existência, está diretamente relacionado com nossas escolhas. Elas vão determinar o nosso convívio social, o grupo de amigos, as experiências e o nosso projeto de vida.



   
(Fabrício Sprícigo)















A Modernização e a construção da invisibilidade feminina

        Perceber o processo de modernização implementado no Brasil nos séculos XIX e XX como mecanismo que conferiu invisibilidade a muitos atores/atrizes sociais é de fundamental importância. Fazer com que os indivíduos percebam, que o discurso proferido com o advento da modernidade excluía da vida social, muitos sujeitos sociais contribui para trazermos à tona novas perspectivas históricas, diferente daquelas abordadas pela maioria dos livros didáticos.
        Nessa perspectiva, é relevante perceber que os referenciais culturais das mulheres foram reduzidos, ao longo da história, na representação de que o feminino está ligado “naturalmente” às funções ligadas ao cuidado da casa, do marido, dos filhos. Dessa forma, ficou pré-estabelecido que às mulheres cabe apenas desempenhar funções que se enquadram nesse perfil, ou seja, em profissões tipicamente femininas. Tal imagem é ensinada e reforçada quando atribuímos ações e comportamentos típicos às meninas e aos meninos.
    Definem-se, nesse contexto, ações e discriminações relacionadas ao gênero, as quais foram construídas ao longo do processo histórico e reforçados com o discurso masculino dos intelectuais modernistas. Desse modo, são estabelecidos estereótipos que perpetuam ainda mais a exclusão de muitos atores e atrizes sociais tão importantes para a construção do Brasil.
        É preciso abordar tal realidade com o intuito de romper com preconceitos existentes em relação à figura feminina. O processo de modernização implementado no país por médicos, advogados, arquitetos, intensificou ainda mais para a invisibilidade feminina. Assim, relacionar o conceito de modernidade com o processo de exclusão feminina, fornecerá elementos capazes de olhar com nova roupagem os fatos históricos e os preconceitos existentes.

(Fabrício Sprícigo)

o universo familiar nos diferentes tempos históricos.

- Trabalhando com o tempo:
A família é unidade básica da sociedade formada por indivíduos com ancestrais em comum ou ligados por laços afetivos. O conceito de "família" tem evoluído ao longo dos tempos, quer nas suas funções enquanto sistema quer nas funções de cada elemento que a compõe. A família tem sofrido transformações que ocorrem devido às mudanças sócio-culturais e tecnológicas cujas variáveis ambientais, sociais, econômicas, culturais, políticas e/ou religiosas têm vindo a determinar as distintas estruturas e composições da família.
O conceito de família não é tão fácil de caracterizar. Tal fato surge por a família ser a instituição mais antiga e primordial e também por a sua forma de estruturação ser determinada pelos aspectos culturais e pelas hierarquias axiológicas de cada sociedade. Existe cada vez mais um distanciamento do conceito tradicional de família, sendo que a família tradicional apresentava-se com uma imagem de “grupo instrumental, mobilizado para a sobrevivência de um grupo mais numeroso e fortemente orientado pela lógica da transmissão de herança” (LEANDRO, 2003; p. 64), garantindo deste modo, a sua continuidade; enquanto que a família dos nossos dias se apresenta através de uma valorização da vida emocional e afetiva; no entanto, “historicamente, (...), a família dispõe de um modo de funcionamento ímpar – o amor – algo que não se adquire nas prateleiras de qualquer super ou hipermercado e/ou centro comercial, mas supõe, idealmente, a gratuidade e a incondicionalidade” (Idem; p. 66).
A família vem-se transformando através dos tempos, acompanhando as mudanças religiosas, econômicas e sócio-culturais do contexto em que se encontram inseridas. Esta é um espaço sócio-cultural que deve ser continuamente renovado e reconstruído; o conceito de próximo encontra-se realizado mais que em outro espaço social qualquer, e deve ser visto como um espaço político de natureza criativa e inspiradora.
Assim, a família deverá ser encarada como um todo que integra contextos mais vastos como a comunidade em que se insere. Nesse sentido, o tema família juntamente com o conceito de diferença, seja cultural ou histórica, requer um olhar atento afim de refletir sobre a  formação histórica e entender e respeitar as diferenças existentes entre as formas de representação e organização familiar. É um tema de total relevância para ser problematizado no contexto social, com vistas à superação de intolerâncias e desrespeito por outros modelos familiares.
(Fabrício Sprícigo)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Das Vantagens de Ser Bobo - Clarice Lispector


O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

BEM-VINDOS!


VIDA E SAÚDE

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